30 de jun. de 2014

Quem disse que não funciona?

Por razões pessoais fiquei em casa hoje, conectando ao email da empresa poralgumas vezes.
As 18hs Rodrigo me chama dizendo que bambino estava dormindo no sofá,sem banho e sem jantat. Pudera, o dia dele começou muito cedo e sem soneca a tarde (o que está sendo regular).

Levei bem uns 20 minutos acordando e dizendo que precisava tomar banho, que não dá pra dormir sujo. Ele aceitou lavar os pés e sem tirar a roupa.

Chegamos no banheiro, banheira cheia só disse pra ele entrar. No que ele já retrucou: estou de roupa!
 -sim você está! Pode entrar!
-mas vai molhar minha roupa!! - ele respondeu
-sim vai! E vai ficar frio, mas você não quer tirar.
-pode tirar mamãe! - disse ele convicto de que dele era a decisão final.

Deu mesmo! Eu realmente estava disposta que ele entrasse na água com roupa. O máximo que iria acontecer eram ter roupas molhadas. Pra mim vale a paz de espirito.

Banho tomado, criança alimentada e cama as 19:20hs. Pra mim isso é a definição de sucesso!

23 de jun. de 2014

Técnicas Avançadas de Negociações

Uma das minhas matérias na pós foi de técnicas de negociações. Técnicas essas desenvolvidas em Harvard.
Eu toda feliz, não via a hora de colocar em prática o aprendizado. Só não sabia que muito mais do que no trabalho, eu usaria na maternidade.

Aliás aqui em casa essas técnicas são avançadas. O básico não resolve não.

Eu (enquanto criança, que fique claro!) nunca fui muito fácil. Tinha minhas opiniões, era uma criança chata. Mas se me deixasse quieta, me levava longe.

Bambino me saiu melhor do que encomenda. Algumas vezes dá vontade de sentar e chorar, pois tudo aqui em casa vira motivo de "discussão".

Não quer tomar banho, lá vai diálogo. Eu aceita e entra, aí não quer sair. Lá vai mais 30 minutos pra sair.

Hora de vestir é a pior parte. Não quer colocar a roupa. Só quer ficar de cueca!!
No verão nem sofro, deixo de cueca mesmo. Mas agora no inverno o bicho está pegando.
Depois dele aceitar colocar a roupa mais uma guerra. Já tentando evitar o stress eu dou duas opções de troca (camiseta, calça, blusa, meias e tênis), mas com uma terceira na manga que geralmente é a que eu quero que ele coloque, pois é quase que certeza que ele não vai querer nenhuma das duas opções.

Certa vez li que isso faz parte da educação positiva. Nunca me aprofundei no assunto, faço mais por acreditar que a criança tem direito de escolha.

Quando ele não quer colocar nenhuma, aí eu digo que vou escolher. Sempre escolho a que eu não quero colocar, pois ele sempre vai discordar de mim e colocar o que no final das contas é a minha escolha.

Só temos uma exceção por aqui. Comprei tecido e minha tia fez macacão como pijama, pois o bonito não se cobre a noite. Não há meio dele colocar. Já tentamos de tudo.

A questão do contra é pra tudo. Se falamos que ele tem que comer, fazer, escovar os dentes ou qualquer outra coisa no mundo ele diz não. Só pra contrair. Passando 5 minutos ele pede e acaba fazendo/comendo/dormindo etc...

Quando o negocio fica difícil demais, não quer mesmo tomar a homeopatia, escovar os dentes, ir ao banheiro (até isso!) aí fazemos o que qualquer adulto bem resolvido faz: negociamos.

E assim vamos vivemos.

20 de jun. de 2014

Coragem, quede?

Eu ando sem coragem. Sabe aquele vigor pra colocar a casa de cabeça pra cima e fazer aquela faxina?
Ou então fazer um super almoço com sobremesa e tudo?
Ou então fazer aquele exercício físico?

Então...

Não sei o que houve, mas o que tenho feito no tempo que me sobra é descansar. O que sobrecarrega o marido. Pois não dá pra louça ficar na pia uma semana, né não?!

Se alguém viu minha coragem andante por aí, por favor me devolva. Paga-se bem.


15 de jun. de 2014

Culpa, ter ou não ter?

Eu nunca me considerei uma pessoa neurótica, que fica pensando insistentemente em alguma coisa. Mas aí resolvi praticar a elasticidade abdominal e eis que junto com o bambino pari as benditas neuras. Pra mim, pior que as neuras, são as parasitas culpas. Mas as vezes me pego pensando, porque elas existem?

Em que momento a humanidade deixou de acreditar em si mesma ao ponto de colocar sobre seus filhos esse sentimento de que nada vai dar certo, que tudo está fora do lugar, que não somos capazes?

É a mesma história do parto, da amamentação que hoje não conseguimos. A humanidade nasceu de partos vaginais e foi nutrida pelo leite das suas mães, mas hoje não. Hoje você mulher, que é capaz de fazer mil  tarefas, que assumiu lugares de destaques no corporativo, na política, na sociedade, em casa, hoje (e nos últimos 30/40 anos) não pode!

Tudo isso nos custou demais, pois ganhamos o mundo e perdemos nosso maior milagre: parir e nutrir.
Não que todas as conquistas não foram importantes, sim ainda são importantes. Mas não devemos mais deixar que tudo isso ainda nos tire o que mais precioso temos: gestar, parir e nutrir.

Não sou extremista ao ponto de dizer que nossa vida de mulher só vale a pena e que encontramos o verdadeiro amor depois de parir. Longe de mim. Na minha vida a maternidade veio sim me complementar, me transformou em uma pessoa melhor. Não há hoje maneira de não olhar para o outro e pensar que um dia foi uma criança. De ver alguém em mal caminho e tentar entender o que houve com a criança que existiu ali que levou esse ser humano a se tornar o que se tornou (juro que faço essa reflexão TO-DOS os dias a respeito do meu chefe).

Mas o que quero refletir aqui é porque cargas d'agua essa 'mardita' culpa existe para nos roubar o protagonismo da vida?

A culpa me consumiu muitas horas de sono, me fazendo refletir em como poderia dar um jeito de passar mais tempo com o meu filho. A falta de sono só me fez gritar com ele no dia seguinte, por estar morrendo em pé.

A culpa me fez controlar o tempo que ele mamava, me fazendo sofrer por ser pouco no início e não me deixou conectar com meu filho o mais cedo possível, como deveria ter sido.

A culpa me fez buscar médicos para tratar uma febre que não cedia que resultou em um exame de sangue aos 8 meses e antibiótico por uma infecção que nunca existiu. Eu não queria fazer o exame e ouvi da pediatra do pronto atendimento que minha função como mãe era ajudar, não atrapalhar. Febre essa que veio no meio de uma crise de saúde, minha diga-se de passagem. Que me impediu de amamentar devido a medicação. Crise na saúde que teve origem em um problema no meu trabalho, que naquele momento era gigante e eu não consegui administrar. Círculo vicioso,  já ouviu falar?!?

Em minha primeira avaliação com a coaching para direcionamento de carreira, depois de 15 minutos de conversa, a pessoa me disse, sem nunca ter me visto antes, que meu nível de culpa era elevadíssimo. Precisou um terceiro que não me conhecia pra me dizer aquilo que eu sempre soube e sempre neguei. A culpa fazia (e faz ainda) parte da minha vida.

Hoje meu nível de culpa diminuiu. Ainda não me libertei dela e talvez não tenha a resposta da pergunta que fiz no título.

Eu hoje estou buscando não ter, minha sensação hoje é que apertei um botão dentro de mim que fez esse negócio diminuir. Tentar cada dia mais viver mais leve, aproveitar ao máximo os meus momentos com aqueles que eu amo. Como no AA, um dia de cada vez.

Hugs


Diálogos com Bambino

Um dia de manhã após uma noite que ele acordou no berço e veio para nossa cama.

Eu: Filho você precisa dormir na sua cama.

Ele: Mas esse não é cama, é berço. Eu sou grande.

Eu: Mas se colocar uma cama você dorme?

Ele:  Dorme, mas quero uma cama verde.

E aí, está na hora ou já passou?!?

7 de jun. de 2014

Celular caído e a falta que me faz escrever

E aí que o meu instrumento de inscrita caiu no chão e estou com ele parcialmente funcionando.
Nem mesmo a função principal ele faz direito: eu só recebo ligações e consigo fazer somente dos contatos. Se precisar ligar para algum número que não está na agenda, sem change!

Outras coisas eu ainda consigo usar, como meu amado whatsapp porque o aplicativo vira e dá pra digitar do lado do touch que ainda funciona. Mas os aplicativos que não viram na tela, como meu parceiro blogger, sem condições.

Por isso estou sem escrever há muitos dias. Hoje sentei com o note, mas isso não é minha realidade. Eu quase nunca consigo, pois quando estou em casa a prioridade é o bambino, marido, casa e descanso.

Mas tem me feito falta escrever. Quando finalmente tomei coragem de colocar o blog no ar, não tinha ideia o quanto me faria bem escrever. Uma experiência inédita e reveladora.

Tá certo que reclamo muito, que meus momentos de blogterapia são mais do que eu imaginava no início, no entanto eles me refletem de alguma maneira. E que passam, mesmo que demorem um pouco.

Vamos caminhando. Muitas coisas aconteceram desde que meu querido celular se acidentou, mas estamos vivos e bem.
Alguns dias mais estressados do que outros, com a paciência mais esgotada do que outros dias. Mas o amor, ahh esse não nos tem faltado.

Não sei ao certo a razão, mas a cumplicidade do meu lar está bem. As dificuldades (elas sempre existem né?!) tem nos feito caminhar mais juntos, unidos na confiança de que Aquele que nos amou primeiro ainda não completou a boa obra em nossas vidas e está no controle de todas as coisas. Sim, sinto Deus muito mais próximos de nós, porque hoje estamos buscando estar mais próximos Dele.

E que ele abençoe seu lar e esteja com você, assim como Ele tem sido presente aqui :)

Hugs.